Repostagem: Poesia Eterno Passarinho – De onde veio?

Olá relativistas, pensei em comentar sobre uma poesia que vi no meu caderninho antigo há muito tempo e inclusive já foi postada aqui no blog. Só queria mesmo lembrar como ela foi feita, deixar aqui memorizado o momento pois pra mim foi meio que um momento marcante, mesmo sendo bobo.

– Estava chegando na faculdade, como de costume, olhei ao redor e via todas aquelas pessoas ali sentadas, alguns amigos próximos, outros não tanto. Uma ansiedade, ou agonia, me corroeu o peito e fiquei ali observando como se dissesse “O que estou fazendo aqui?”.
Aqueles momentos em que a vida te faz refletir sobre ela mesma e você passa a pensar, mesmo que por um segundo, que nada faz sentido.
Saí do local em que estava, fui procurar um pouco de contato com a natureza, encontrei uma mata pequena com um tronco de árvore deitado. Sentei ali mesmo e fiquei pensando, refletindo sobre aquela agonia. Olhei para o meu caderninho de mão, peguei uma caneta e comecei a escrever.
Tudo que me vinha a cabeça passei para o papel, e simplesmente não apaguei nada. Deixei como estava, tanto as perguntas, quanto as poesias que vieram conseguinte.
Então ela se fez, ele nasceu, veio do nada e de um momento de sensação ruim, mas que logo depois se transformou na boa sensação de ter produzido algo que gosto.

Afinal, a arte quase sempre nasce do sofrimento humano, ou não?
Vou deixar a seguir o poema ao qual estou me referindo:
PS: Não sabia que já tinha o escrito há tanto tempo. Dois anos e quase três meses.




“Porque tenho um caderno que de nada me serve a não ser escrever besteiras para ler depois?
Porque tenho um estômago vazio e passo tanto frio se tenho comida e cobertor?
Porque estou aqui, quieto, sozinho se lá dentro eu tenho um ninho de gente pra conversar?

Ah, eterno passarinho, com apenas um caminho pra poder voar.

E se escolho o canto errado, porque canta disfarçado, pra que canto tu irá?
Se já não me sobra uma estrada, uma luz no fim do túnel, o passarinho passará.
Com seu belo riso inerte, um canto sua boca pede, mas nada canto, só piar…

Em um pio desgraçado, passarinho morto é encontrado, sem mais canto pra ir ou pra cantar.

Ah, eterno passarinho, tinha um canto tão lindinho, o que te fez parar?
Se eu soubesse que era tanta a dor que te espanta, talvez fosse te ajudar.
Mas sabe passarinho, preferi ficar no meu cantinho do que ouvir o teu piar.
Não sei se agora me arrependo, o seu canto era tremendo, mas agora em nenhum canto irá cantar.

Ah, passarinho, o eterno passará.”


Por: -Osvaldo Guimarães…


23/07/13″

Gerente de Marketing e escritor nas horas vagas. Este é o meu blog pessoal que utilizo como hobby, "arquivo de memórias" e utilidade.

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comments
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Site Footer