Os cenários da vida podem mudar a qualquer momento e de fato nunca se sabe o que está para acontecer.
Em um dia movimentado, de engarrafamento, resolvi conversar com o taxista que estava me levando pra casa. Sabe aquela coisa do tipo “todos têm histórias pra contar”? Pois é. A gente nunca para muito pra pensar, mas cada pessoa que olhamos na rua tem alguma história. Provavelmente muito mais que uma. Lindas, tristes, terríveis…
Naquele dia ele me disse uma frase que me marcou e quen como sempre, acreditamos já ter ouvido ou pensado sobre, mas nunca refletimos ao certo, até ouvir.
Ele me disse: “Nos preparamos para a vida, nunca para a morte”. E continuou – “Fazemos uma faculdade, compramos uma casa, tudo que fazemos é pensando na vida, mas a morte chega a qualquer momento e nunca estamos preparados”.
Como sempre, eu que sou doido varrido de pedra, penso sempre no que posso fazer pra “evitar” ou
“construir” algo impossível, mas me deparei dessa vez com um problema sem solução, pois como dizem “pra tudo tem jeito, menos pra morte” (ao menos até hoje essa frase é verdadeira).
Então comecei a refletir “O que podemos fazer para nos preparar para a morte?”. E cheguei à conclusão de que o máximo que podemos fazer é comprar um caixão e deixar guardado (que por incrível que pareça foi o que o meu pai fez, devo achar ele um gênio?), mas no meu caso não daria muito certo, já que penso em ser cremado.
Chegando a essa sólida conclusão, caminhei e perambulei por uma outra. Ao que parece, morte não é uma coisa para se pensar, ao menos não para quebrar a cabeça pensando, a menos que você seja um cientista e queira desenvolver algo anti-morte. Já que é algo sem solução e que pode chegar a qualquer momento, pra que se preocupar? Não tem como evitar, só tem como se cuidar mesmo (e ainda assim nada é garantido).
O certo é pensar na vida, mas como diz o livro “o mundo de sofia”:
“Não há como pensar na vida sem pensar na morte, mas também não há como pensar na morte e ao mesmo tempo não imaginar o quão maravilhosa é a vida”