O Corvo trata-se de um Poema do incrível e talvez mais ilustre escritor de contos de horror da história, que deu origem a diversos novos gêneros e abriu as portas para milhares de possibilidades. Poucos são os bons escritores que nunca leram Edgard Alan Poe, e me atrevo a dizer que não há como escrever contos ou histórias de horror sem conhecer Poe.
Dada a minha paixão pelo horror desde a minha infância até os dias atuais, as vezes me pego na intenção de escrever, mas antes penso no quão incríveis são as obras que já existem. Não me sinto coagido por este fato, nem com menos vontade de escrever, mas é que a admiração me faz querer buscar mais e mais contos, o que deixa um pouco para depois o desejo de produzir.
Dessa forma, encontrei um meio de produzir, e ainda assim continuar nessa minha investigação de contos, que foi basicamente encontrada na tradução.
Abaixo compartilho o conto “O Corvo” em linguagem passiva, o texto foi encontrado no Wikipédia e está disponível na versão em inglês.
Pouco após a metade da tradução, notei que o mesmo possuía já uma versão em português, mas além de certas discordâncias com o texto, preferi apresentar aqui a minha versão.
Título: O Corvo – Edgar Allan Poe
Texto Original – Wikipédia
Autor – Desconhecido
Tradução e adaptação – Osvaldo Guimarães
“O Corvo” fala sobre um narrador sem nome numa noite melancólica de Dezembro em que, sentado, está lendo contos já esquecidos perto de uma lareira a se apagar, esperando que consiga assim esquecer a morte de sua amada Lenore.
Ele então ouve uma batida na sua porta, que não revela nada, mas queima a sua alma em animação.
A batida se repete, um pouco mais alta, e então ele percebe que essas batidas vinham de sua janela. Ao investigá-la, um corvo entra agidamente no seu umbral. Sem prestar atenção ao homem, o corvo se prostra em um busto de Pallas acima da porta.
Animado com a posição comicamente séria do corvo, o homem pergunta ao pássaro o seu nome. A única resposta do corvo é “Nunca mais”.O narrador se vê surpreso de que o corvo pode falar, mas até o momento nada mais ele disse.
O narrador constata a si mesmo que o seu “amigo”, o corvo, em breve voará para fora da sua vida, assim como “outros amigos que anteriormente voaram” juntamente com as suas antigas esperanças.
Como se estivesse respondendo, o pássaro diz mais uma vez “Nunca mais”. O narrador chega a conclusão de que o pássaro aprendeu a palavra “Nunca mais” de algum “mestre infeliz” e que estas são as únicas palavra que ele sabe.
Mesmo assim, ele coloca a sua cadeira diretamente em frente ao corvo, determinado a aprender mais sobre ele. Ele pensa por um momento, em silêncio, e sua mente vagueia buscando mais uma vez sua falecida Lenore.
Ele acredita então que o ar se torna mais denso e sente a presença de anjos, e se pergunta se Deus está enviando um sinal de que ele irá esquecer Lenore. O pássaro mais uma vez responde com a sua negativa padrão, sugerindo que ele nunca poderá se ver livre das suas memórias.
O narrador se enraivece, chamando o corvo de “coisa maligna” e “profeta”. Finalmente, ele pergunta ao corvo se ele poderá se reunir novamente com a sua amada Lenore no céu.
O corvo responde com o seu típico “Nunca mais”, ele se enfurece, e, chamando-o de mentiroso, ordena ao pássaro que retorne para à costa plutoniana, mas ele não se move. Presumivelmente ao tempo em que o poema é recitado pelo narrador, o corvo “ainda está sentando” no busto de Palas.
A sua conclusão final é de que a sua alma está presa sob a sombra do corvo e de lá não levantar-se-á “Nunca mais”.
Pensamentos em relação ao texto
A leitura desse texto, com certeza não tão valorizado quanto merece, me fez notar alguns detalhes que a leitura tanto das traduções de Machado de Assis quanto de Fernando Pessoa não me fizeram perceber. Esse detalhe se dá no momento em que o ar se torna mais denso, fazendo-o acreditar ser um sinal divino de que ele esquecerá a sua amada, no que o corvo responde “Nunca mais”.
O interessante em notar esse detalhe é que ele se torna importante nas próximas estrofes, dando uma tensão muito maior ao ambiente e ao poema.
Não acho que as traduções de Fernando Pessoa e Machado de Assis sejam ruins, mas acho que ela destoam e muito do texto original, e infelizmente não consigo sentir neles nem metade da tensão do poema em inglês, que me deixou por vezes com falta de ar de tão incrível e pela sua tensão assustadora.
Essa versão do texto acima foi encontrada no Wikipédia e você pode acessar clicando aqui.
Infelizmente, não consegui encontrar o autor desse texto incrível.