Uma poesia sacana, um protesto infundado.
Uma tentativa de transpor o que nem eu mesmo sei.
Tentando entender o que não compreendo,
Acabo sentindo aquilo que ouvi.
“O cego é o que vê do modo mais claro,
Enxerga com a mão, com o pé, com o corpo,
Enxerga com o tato, o olfato e o gosto.
Enxerga do modo mais puro o real.
Eu enxergo com os olhos coisas tão simples,
um limitado ângulo e faixa de luz.
E assim acredito que vejo e admiro
o puro retrato do mundo real.”
É que os sentidos tentam enganar,
As emoções tentam entreter,
A morte tenta levar,
A vida tenta manter.